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4 de jan. de 2011

A moda dos uniformes colegiais no Japão

Os uniformes escolares fazem parte da vida afetiva dos japoneses. A partir do ginásio (chugako), os estudantes são obrigados a aderir ao uniforme. Até essa fase da vida, seu uso não é uma regra seguida em 100% das escolas. Mas é sobretudo no colegial (kouko) que o uniforme se transforma em um objeto de desejo e status. As peças despertam a cobiça daqueles que não conseguiram entrar nas melhores escolas. O vestibular é bastante concorrido. Em um país que valoriza a educação como forma de ascensão social, quem é visto com o uniforme das escolas mais disputadas é admirado. Afinal, eles terão mais chances de ingressar nas melhores universidades, o que praticamente garante um emprego em uma multinacional japonesa.

A partir daí, outros tipos de uniforme vão acompanhar a vida dos japoneses praticamente até a sua aposentadoria. Seja no escritório, em uma loja ou na fábrica, o uniforme é peça obrigatória.

Mas talvez seja a imagem da colegial que tenha ajudado tanto a divulgar os uniformes. São eles que dão às colegiais a aura de símbolo sexual. Com a saia encurtada na altura da coxa, as colegiais japonesas exalam um misto de inocência e volúpia, com seus uniformes sérios e sisudos, mas que customizados, atiçam a imaginação masculina. Desde a década de 80, no auge da bolha econômica, elas foram uma das grandes responsáveis pela inovação da moda de rua e por um novo fenômeno que ficou conhecido como enjo kosai, um eufemismo, cuja tradução literal seria “relacionamento financiado”. Um homem paga para ter a companhia de uma colegial. Pode ser apenas um inocente jantar ou passar para o sexo pago.

Os uniformes escolares começaram a ser obrigatórios a partir da era Meiji, no século 19, quando o Japão investiu na modernização, seguindo o modelo ocidental. Não é à toa que o uniforme masculino mais tradicional até hoje se chama gakuran (que pode ser traduzido como uniforme de estudante ocidental), inspirada na farda do exército da Prússia. Para as meninas, o clássico uniforme estilo marinho (seirafuku), apareceu pela primeira vez em 1921 e foi inspirado na marinha real britânica. Mas foi só depois da Segunda Guerra que o estilo se popularizou e perdeu a imagem elitizada. Em geral, consiste em uma blusa com lapela estilo marinheiro, um laço na frente, e uma saia pregada. O comprimento da manga e o tecido (lã, poliéster, entre outros) variam de acordo com a estação. Em vez do laço, podem ser adotados lenços, gravatas e afins. As cores mais comuns são azul claro, branco, cinza, verde claro e preto.

As escolas particulares começaram a adotar uniformes inspirados nas escolas religiosas ocidentais, principalmente depois de 1980. O mais comum é o estilo burezakata (blazer). Para rapazes camisa branca, gravata, blazer com brasão da escola e calça social (é comum que não seja da mesma cor do blazer). Para garotas, camisa branca, gravata, blazer com brasão da escola e saia com estampa xadrez. As cores variam de acordo com a escola. Independente do padrão adotado, há sempre uniformes para o verão (de tecido mais leve e mangas mais curtas) e inverno (mais pesado e com mangas longas, porém sempre saias) e para atividades esportivas.

No Brasil, os uniformes escolares ficaram conhecidos graças às personagens de mangás. Como a maioria das histórias em quadrinhos é ambientada em escolas ou vivida por estudantes, o uniforme está sempre presente. Um dos mais marcantes é a de Sailor Moon. Em vez de capas ou máscaras, ela veste como uma clássica colegial, o que só serviu para aumentar o fetiche sobre as estudantes.

Fonte: madeinjapan

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